Como fazer para favorecer o trabalho dos meus ossos e músculos em uma mecânica correta, reencontrando sua habilidade de se manter saudável?
A primeira e para mim mais importante regra vocês já sabem: coluna neutra, com suas curvaturas normais mantidas na maioria dos movimentos.
Se a coluna já está retificada demais e os músculos encurtados será difícil e às vezes até doloroso chegar à posição correta. Temos que avaliar as condições do nosso sistema osteomuscular.
Uma avaliação pelo fisioterapeuta ajuda a ver a condição dos músculos (encurtados, fracos, em harmonia ou não com os outros), das articulações (desgastes, desalinhamentos), se as causas são musculares, articulares neurais (dos nervos), psicológicas ou várias dessas associadas, o que pode ter desencadeados essas disfunções, etc.
A partir daí,associado à observação e relato do paciente, raciocinar e decidir que técnicas e ferramentas serão mais eficientes para corrigir as causas.
Dificilmente uma técnica isolada serve para 100% das causas.
Eu gosto de pensar que tenho um avental cheio de bolsos e em cada um deles tenho uma técnica com várias ferramentas para usar em caso de necessidade.
Cada caso é um caso, para cada corpo ou pedacinho dele eu lanço mão daquilo que parece apropriado naquele momento, avaliando sempre se estamos chegando onde queremos. Não há receita de bolo para isso.
A escolha da técnica, baseada na avaliação é extremamente importante, evitando agravamento do quadro e sucesso no tratamento. Por exemplo, alguns alongamentos musculares no caso de problemas nos nervos podem piorar muito a dor e aumentar a lesão.
A cada dia a pessoa pode chegar com uma queixa diferente, mudança no local da dor, da hora em que piora ou melhora e isso é muito importante, pois é mais uma pecinha do quebra- cabeça que temos para montar para entender o quadro do paciente e atuar.
Um profissional atualizado com as diferentes técnicas existentes e com as novas pesquisas é essencial para desenvolver um trabalho baseado nesse raciocínio e ajudar no sucesso do tratamento, sempre, é claro com a ajuda e participação ativa do paciente.
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